LCACs: a revolução dos desembarques anfíbios da Marinha dos EUA e a estratégia na costa venezuelana

Introdução

No vídeo, o apresentador mergulha na história e na capacidade das embarcações de desembarque do tipo LCAC (Landing Craft Air Cushion) da Marinha dos Estados Unidos, destacando como elas mudaram a dinâmica dos desembarques anfíbios, desde a origem até cenários modernos de projeção de poder. A narrativa percorre aspectos técnicos, lições dos conflitos passados e aplicações estratégicas atuais, incluindo uma visão hipotética sobre operações no Caribe

Resumo

O episódio começa apresentando o conceito de Rovercraft e a ideia de que as embarcações de desembarque sobre colchão de ar surgiram para contornar limitações históricas dos desembarques. O apresentador cita o desenvolvimento do projeto Zelic (LCAC) nos anos 70, com protótipos Jeff A e Jeff B, e a entrada em serviço na década de 1980, originalmente pela Textstron, com o primeiro LCAC em 1984 e operacionalização completa em 1986. Ao todo, 97 unidades foram produzidas até 2001, com custos próximos de 40 milhões de dólares cada. O vídeo ainda menciona um programa de extensão de vida útil no início dos anos 2000, que elevou a vida útil de componentes críticos de 20 para 30 anos em várias unidades.

Em seguida, o apresentador recapitula as dificuldades históricas dos desembarques anfíbios — recifes, mares agitados, minas, fortificações costeiras — e como operações na Segunda Guerra e na Guerra da Coreia expuseram a necessidade de uma solução mais rápida e resiliente que pudesse contornar tais obstáculos. A explicação técnica descreve o LCAC como uma embarcação de quase 27 m de comprimento por 14 m de largura, com massa de cerca de 185 toneladas, movida por quatro motores a gás com dois ventiladores de elevação para sustentar o colchão de ar, além de dois propulsores para direção e propulsão. Em condições ideais, o navio poderia transportar até 68 toneladas (com informações divergentes nas cifras reportadas) e alcançar velocidades superiores a 40 nós, com alcance significativo para operações entre navios-mãe e costas.

O vídeo detalha a capacidade de carga: até 180 fuzileiros com o módulo de transporte de pessoal, ou 54 macas para evacuação médica, com área de carga de 168 m² e uma ramp de quase 9 m. Armamentos de apoio incluem duas metralhadoras M240B e lançadores de granadas Mk 19, operando com uma tripulação de cinco marinheiros. A versatilidade é destacada como o ponto forte, com o LCAC apto a operar a partir de navios mãe em condições de mar até quase 2 m de altura de onda e desníveis de inclinação de até 5%. Por fim, o apresentador associa essas capacidades a uma análise de cenário atual no Caribe, discutindo a presença de navios da classe WASP e duas de classe San Antonio com docas alagáveis para LCACs, como demonstração de força e potencial para desembarques amplos.

O vídeo conclui que, embora haja indícios de que a missão no Caribe não vise uma invasão imediata, os meios disponíveis são suficientemente robustos para operações rápidas de desembarque com apoio de helicópteros de ataque e aeronaves F-35B, em um cenário de projeção de poder na costa venezuelana.

Opinião e Análise

Sem opiniões explícitas no vídeo.

Insights e Pontos Fortes

• LCACs expandem o envelope de desembarque: são capazes de chegar a praias onde barcos tradicionais enfrentariam limitações, reduzindo drasticamente o tempo de desembarque.\n- Grande capacidade de carga: transportam até 68 toneladas (ou até 54 t em configurações diferentes, conforme relato) e podem levar veículos blindados, mísseis e veículos de apoio, além de fuzileiros, tornando possíveis desembarques volumosos com poucas tropas envolvidas.\n- Versatilidade operacional: podem operar a partir de navios mãe, ignorando ondas altas e desníveis de terreno, o que amplia as praias viáveis para desembarque.\n- Sinergia de força: o vídeo ressalta a integração com helicópteros de ataque e aeronaves de alto desempenho (como F-35B), oferecendo uma força anfíbia mais integrada e sustentável.\n- Lições históricas como base de melhoria: desde recifes e marés adversas na Segunda Guerra até as condições de desembarque na Coreia, as LCACs refletem uma evolução tecnológica guiada por falhas passadas, visando operações mais rápidas e seguras.