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O Ciclo do Dólar e o Rally Global: Por que o EWZ Lidera a Curva em 2025

Em 2025, o cenário de investimentos tem surpreendido: a bolsa brasileira vem performando bem, superando o S&P 500 e até mesmo algumas das grandes empresas de tecnologia americanas. O que explica esse movimento não é apenas a gestão local, mas sim um ciclo macro mais amplo: o comportamento do dólar e a força — ou fraqueza — de moedas ao redor do mundo. Neste artigo, vamos destrinchar os pontos-chave do vídeo de Fernando Hug, entender como o ciclo ...

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Introdução

Em 2025, o cenário de investimentos tem surpreendido: a bolsa brasileira vem performando bem, superando o S&P 500 e até mesmo algumas das grandes empresas de tecnologia americanas. O que explica esse movimento não é apenas a gestão local, mas sim um ciclo macro mais amplo: o comportamento do dólar e a força — ou fraqueza — de moedas ao redor do mundo. Neste artigo, vamos destrinchar os pontos-chave do vídeo de Fernando Hug, entender como o ciclo do dólar impacta emergentes e Brasil, e o que isso pode significar para o investidor no curto a médio prazo.

Resumo

  • A bolsa brasileira (EWZ, em dólares) sobe perto de 40% em 2025, o S&P 500 pouco acima de 15,5%, e as sete grandes empresas de tecnologia americanas rendem cerca de 23%. O movimento não é exclusivo do Brasil; é parte de um rally global em mercados emergentes, ainda que com volatilidade política local. A ideia central é que fatores macro, especialmente o ciclo do dólar, podem ter mais peso do que a incerteza doméstica no curto prazo.
  • Analisando por países, o vídeo lista performances de vários mercados: México (~43%), emergentes sem China (~25%), China (~30%), Índia próximo de queda (-1%), Peru (~73%), Colômbia (~58%), Chile (~56%), África do Sul (~56%), Vietnã (~53%) e Coreia do Sul (~75%), com a Coreia liderando. O ciclo do dólar é apresentado como o motor por trás dessas variações, pois quando o dólar está fraco, emergentes se beneficiam.
  • O conceito do dólar index (DXY) é apresentado como a estafera para entender a força relativa do dólar frente a outras moedas (euro, libra, iene, franco suíço, dólar canadense, coroa sueca). O histórico de ciclos mostra fases de dólar fraco na década de 70, choque com o Plaza Accord em 1985, quedas e fortemente nos anos 90 e início de 2000, seguido por crises e, mais recentemente, um ciclo de fraqueza ou força dependendo do cenário global. O vídeo sugere que, desde a entrada da nova administração (Trump), há leituras de uma possível fraqueza do dólar, abrindo espaço para ganhos de emergentes e do Brasil.
  • Em termos de impacto na economia brasileira, o vídeo mostra como o dólar forte historicamente prejudicou o Brasil (elevou importações, pressionou câmbio) e como, quando o dólar recua, a bolsa brasileira em dólares tende a se valorizar mais, especialmente quando combinada à dinâmica de commodities e ao cenário de demanda global. O apresentador cita gráficos que relacionam DXY, PIB e o desempenho da bolsa (Bovespa em dólares) para ilustrar essa correlação ao longo de 30 anos e reforça a ideia de que o cenário externo pode ditar o ritmo de recuperação do Brasil nos próximos anos.
  • Por fim, o vídeo ressalta perguntas para o investidor: com o dólar possivelmente em fase de fraqueza, o próximo ciclo pode favorecer emergentes? Qual será o papel dos mercados latino-americanos frente aos EUA? E, diante de uma possível virada, como posicionar a carteira para surfar esse movimento de ciclos, mantendo proteção contra riscos domésticos?

Opinião e Análise

Sem opiniões explícitas no vídeo.

Insights e Pontos Fortes

  • Correlação entre dólar (DXY) e desempenho de emergentes: ciclos de dólar fraco tendem a favorecer Brasil e outros mercados emergentes.
  • O EWZ como indicador: o desempenho do ETF brasileiro em dólares reflete não apenas a economia local, mas a sensibilidade da bolsa ao ciclo do dólar, servindo como barômetro para o investidor institucional e varejo.
  • Diversificação geográfica em emergentes: Peru, Colômbia, Chile, África do Sul, Vietnã e Coreia do Sul mostram que o rali é amplo e não restrito ao Brasil, o que sugere oportunidades em cadeias exportadoras, commodities e consumo externo.
  • Ciclos históricos do dólar ajudam a entender o cenário: décadas de fraqueza/força do dólar coincidem com ciclos de commodities, crises de dívida, políticas cambiais e fases de asset bubbles, oferecendo uma moldura para interpretar o presente.
  • Pergunta estratégica para o investidor: com a possibilidade de dólar mais fraco no horizonte, é tempo de avaliar exposição a emergentes (incluindo Brasil) e ajustar a carteira para potenciais reversões de valor entre ações americanas e emergentes, observando a política externa dos EUA e sinais de mudanças no câmbio.

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