Saúde

Solidão no Brasil: por que nos sentimos sozinhos e como enfrentar com saúde e vínculos

Pesquisa aponta que o Brasil lidera entre os países onde as pessoas relatam sentir solidão. Dados da IPSUS em 28 países (2021) e uma colaboração entre Meta e o Instituto Galope indicam que a solidão não é apenas um sentimento passageiro, mas um problema global que afeta diferentes faixas etárias e está ligada a desfechos de saúde física e mental. Neste artigo, a partir da entrevista com a psiquiatra Dra. Rita Ferreira, desvendamos o que está por ...

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Introdução

Pesquisa aponta que o Brasil lidera entre os países onde as pessoas relatam sentir solidão. Dados da IPSUS em 28 países (2021) e uma colaboração entre Meta e o Instituto Galope indicam que a solidão não é apenas um sentimento passageiro, mas um problema global que afeta diferentes faixas etárias e está ligada a desfechos de saúde física e mental. Neste artigo, a partir da entrevista com a psiquiatra Dra. Rita Ferreira, desvendamos o que está por trás dessa percepção, quais são seus impactos e que caminhos podem reduzir esse sentimento e melhorar o bem-estar de todos.

Resumo

A solidão é um tema grave no Brasil, com a população relatando altos níveis de isolamento. Pesquisas internacionais mostram que uma parcela significativa da população se sente muito ou razoavelmente solitária, e que os mais jovens, surpreendentemente, relatam esse sentimento com mais intensidade do que os idosos. Além de causar sofrimento, a solidão aumenta o risco de problemas de saúde como hipertensão, AVC e depressão, entre outros, e ganhou projeção após a pandemia de COVID-19, embora não seja a única explicação. A Dra. Rita Ferreira destaca que é crucial diferenciar estar sozinho de estar solitário: estar só pode ser saudável, já a solidão traz sofrimento. Diversos fatores contribuem para esse quadro: mudanças na estrutura familiar, uso intenso de redes sociais, vida acelerada, migração de cidades e vínculos cada vez mais pela internet. A pandemia aumentou a percepção de solidão, e o retorno à vida presencial não revertou esse processo para muitos, que passaram a depender menos de interações presenciais, o que favorece o surgimento de hábitos de isolamento. Privacidade, segurança e o aumento de individualismo em cidades grandes também pesam nessa equação. A saúde pública reconhece a solidão como problema que requer políticas de apoio, como centros de convivência, espaços públicos acessíveis e ações de promoção de vínculos. Além disso, o cuidado com saúde mental, por meio de psicoterapia e dignidade ao buscar ajuda, é essencial para reduzir esse impacto.

Opinião e Análise

Sem opiniões explícitas no vídeo.

Insights e Pontos Fortes

  • Brasil apresenta índices elevados de solidão, com impactos diretos na saúde física e mental.
  • Diferenciar estar sozinho de solidão ajuda a desarmar o mito de que solitude é sempre negativa.
  • Jovens parecem mais vulneráveis, devido a fatores como frustração, autoestima e mudanças rápidas no ambiente social.
  • Redes sociais e vida online trazem paradoxos: muita exposição e pouca qualidade de vínculos presenciais, especialmente entre os mais jovens.
  • A solução envolve saúde pública (políticas de convivência, espaços comunitários) e cuidado individual (psicoterapia, rotina, atividade física) para fortalecer vínculos reais e reduzir o isolamento.

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