Alexandria Antiga: descobertas arqueológicas que revelam como a cidade nasceu, prosperou e quase desapareceu

Introdução

A série acompanha escavadores em várias regiões do Egito para entender a origem da cidade de Alexandria, seu florescimento sob influência grega e egípcia, e os fatores que levaram ao seu declínio. De Taposiris Magna a Philadelphia, Saqqara, Abusir, Amarna e além, os episódios revelam como a vida cotidiana, as religiões e as estruturas grandiosas se entrelaçaram para moldar uma das metrópoles mais enigmáticas da antiguidade.

Resumo

Alexandria nasceu de uma fusão entre culturas — uma capital de diáspora grega ligada ao Egito antigo. Em Taposiris Magna, Kathleen Martinez lidera sua 15ª temporada na busca de enterros que possam iluminar o cotidiano dos alexandrinos comuns, além de entender como a cidade funcionava como centro religioso, comercial e portuário. A presença de uma necrópole perto do templo, com uma junção entre rituais e comércio, sugere que os moradores não eram apenas peregrinos, mas também atores ativos na rede de intercâmbio mediterrâneo. A ênfase no mar e na via de acesso terrestre aponta para uma Alexandria que nasceu para conectar povos, ideias e riquezas.

Em Philadelphia, Basem Gehad acompanha a descoberta de um mausoléu ricamente decorado em pleno contexto de Alexandria antiga. Frescos, pigmentos e a possível localização de duas múmias sob o pavimento pintado sugerem práticas mortuárias que fundiram tradições gregas e egípcias. A análise de radiografias revela um homem adulto e uma mulher, sugerindo casais abastados que partilhavam a mesma tumba — uma pista valiosa sobre quem poderia ter financiado tais obras e como a elite alexandrina lidava com a morte.

Na Theban Necropolis, a investigação sobre o Royal Cache lança luz sobre o destino de reis do Novo Reino. A presença de Ptahshepses no sarcófago preparado e o estudo de uma cabeça de múmia indicam uma rede de élite que, mesmo após a queda de grandes dinastias, manteve a memória de seus governantes. A ideia de que corpos reais foram movidos para um vale sagrado reforça o papel crucial da memória e da prerrogativa real na moldagem da identidade egípcia.

Por fim, em Saqqara e Abusir, o foco recai sobre os Sun Kings — Userkaf, Sahura e Unas — cujos templos, pirâmides e textos gravados nas paredes iluminam como o poder foi exercido, mantido e, em alguns momentos, desafiado pela bureaucracia emergente. A investigação de Akhenaten e Amarna revela uma virada religiosa que influenciou Tutankhamun e a restauração dos velhos deuses em Karnak. Através de blocos talatat, túmulas nunca antes plenamente compreendidas, e a análise de inscrições, os arqueólogos estão reconstituindo a história de uma capital que não apenas desapareceu, mas que deixou um legado de fusões culturais e mudanças institucionais duradouras.

Opinião e Análise

Sem opiniões explícitas no vídeo.

Insights e Pontos Fortes

• Alexandria como cidade híbrida: o vídeo mostra a convivência entre grega e egípcia em arquitetura, religião e práticas mortuárias.
• Taposiris Magna como chave para entender a vida cotidiana de Alexandrians comuns, não apenas elites.
• A importância de técnicas modernas (seção de raio-X portátil, modelagem 3D) para interpretar múmias degradadas e estruturas frágeis.
• Descobertas em Philadelphia sugerem um mausoléu monumental e a presença de múmias de alto nível, abrindo janelas para entender a elite Alexandrina.
• A teoria de José-Ramón Pérez-Accino sobre o Royal Cache e a ideia de que o vale tinha significado religioso pode revolucionar interpretações históricas.